Ponto do Servidor - Freddy CharlsonJornal de Brasília - 04/06/2010
O Plenário do Senado aprovou projeto de lei do Executivo que promove post mortem o poeta Vinícius de Moraes (foto) a ministro de primeira classe da carreira de diplomata, assegurando-se aos seus dependentes os benefícios da pensão correspondente ao cargo (PLC 5/10). A matéria será encaminhada à sanção. A votação do projeto atendeu a um apelo feito ao presidente do Senado, José Sarney, pelo senador Marco Maciel (DEM-PE), relator da proposição na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que a aprovou em março deste ano. Na discussão da matéria em Plenário, o senador José Agripino (DEM-RN) disse que Vinícius de Moraes ajudou a divulgar o nome do Brasil. Já o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse que o poeta enalteceu o Rio de Janeiro e seu povo.
POETINHA INGRESSOU NA CARREIRA DIPLOMÁTICA NO LONGÍNQUO 1943
Segundo o biógrafo José Castello, autor de Vinícius de Moraes - O poeta da paixão, Vinícius ingressou na carreira diplomática em 1943. Em 1946, assumiu seu primeiro posto diplomático, o de vice-cônsul do Brasil em Los Angeles, nos Estados Unidos, seguindo depois para outras missões. Em 1964, quando eclodiu a crise em que os militares assumiram o poder no Brasil, Vinícius retornou ao país. Em 1969, foi exonerado do Itamaraty. Dez anos depois, ele participou, a convite do então líder sindical e atual presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, de uma sessão de leitura de poemas promovida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP). Morreu no dia 9 de julho de 1980, de edema pulmonar. No dia 8 de setembro de 2006, numa iniciativa do governo Lula, Vinícius foi reintegrado post mortem aos quadros do Ministério das Relações Exteriores, ocasião em que foi inaugurado o Espaço Vinícius de Moraes no Palácio Itamaraty, situado no Rio de Janeiro.