DIREITO DAS FAMÍLIAS - EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Direitos e Deveres

DIREITO DAS FAMÍLIAS - EVOLUÇÃO HISTÓRICA


FAMÍLIA 

  Nos primórdios da humanidade o ser humano vivia em condições inimagináveis para os dias de hoje, com inúmeras privações e nenhuma proteção. Viver em grupos era uma forma de defesa socialização, troca de técnicas e conhecimentos. 

  O homem mesmo que por instinto; seja para obtenção de prazer, afeto ou para perpetuação de sua espécie, sentia necessidade de viver com alguém; neste período ainda não existia um senso de família da forma regrada e hierarquizada que surgiria no futuro. A família passa a ser estruturada quando o Estado começa a intervir nas relações interpessoais, manipulando os elos ao ditar o que é certo ou errado, como por exemplo, a estipulação de que o incesto não dever mais ser praticado; neste contexto surge o casamento como regra de conduta. É na idade média como o apogeu da Igreja que a família estrutura-se na base religiosa e passa a ter estirpe de imaculada. No modelo de família vivenciado nesta época cada um tem seu papel e posição: o homem com o pai, a mulher como a mãe e a prole como os filhos. Patriarcal, a família medieval tem o homem como o mantenedor, o centro das decisões e o chefe da casa; a mulher por sua vez devia obediência a seu marido além da responsabilidade de cuidar da casa e dos filhos, já as crianças seguiam seus pais como modelo; o menino iria desempenhar as atividades do pai e a menina iria aprender os afazeres domésticos com a mãe. Nesta época a população vivia no campo (nos feudos) onde desempenhavam atividades manufaturadas. Foi nos séculos XVIII e XIX com as mudanças trazidas pela Revolução Industrial que as coisas começaram a mudar. O êxodo rural começou a crescer, as pessoas tiveram que sair do campo e migrar para o centros em busca de trabalho, o homem deixa o seu entorno familiar para desempenhar atividades nas fábricas muitas horas por dia e a mulher passa a ter mais autonomia em casa. Futuramente em virtude da crescente demanda e outros elementos tais como a guerra que diminuiu a mão de obra masculina, as mulheres passaram a trabalhar nas fábricas e também a ser fonte de renda em suas casas, assim pouco a pouco a mulher foi galgando seu espaço e independência.  

  A Revolução provocou fortes mudanças nas famílias pois, ao sair do campo onde estavam em grupos familiares as pessoas vinham para cidade apenas com seu núcleo familiar biológico e matrimonial; passaram a viver em locais menores e terem apenas uns aos outros, o que proporcionou uma aproximação maior entre eles e o crescimento do afeto nestas famílias. Deste modo começava a ruir o modelo de casamento como forma de procriação e obediência social dando lugar ao casamento como escolha baseada no sentimento de estar com o outro mas, evidentemente essas conquistas não aconteceram em um passe de mágica. 

  Portanto a família é o resultado de necessidades humanas, mudanças politicas, econômicas e sociais, além disso é fruto do desejo dos indivíduos em formar elos. É na família que se encontra as maiores referências do indivíduo por boa parte de sua vida. 



















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