Ponto do Servidor - Freddy CharlsonJornal de Brasília - 27/09/2010
Depois da confirmação da legalidade da greve pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), representantes de servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizaram plenária nacional, na vizinha Luziânia (GO). A categoria aprovou a realização de assembleias nos estados para discutir, até amanhã, indicativo de suspensão da greve. Na plenária os servidores também votaram pela manutenção do comando de mobilização da categoria. Os servidores prometem, mesmo que decidam suspender o movimento, continuar na luta pela implantação de um plano de carreira específico. Amanhã deve ser realizada reunião com o Ministério do Trabalho para tratar de questões como a compensação de dias parados, o combate ao assédio moral, implantação de 30 horas, e melhorias gerais nas condições de trabalho. A decisão do STJ recarregou as baterias dos servidores, que pretendem seguir realizando atos e manifestações periódicas em defesa do cumprimento de acordo firmado com o Executivo. Também se estuda a possibilidade de impetrar ação no STF para buscar o cumprimento do acordo firmado, e a cobrança sistemática ao próprio Executivo.
ASPIRAÇÕES
A greve, que já dura cerca de seis meses, busca a instituição de carreira própria para os funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego, hoje abrigados juntamente com trabalhadores da Saúde e da Previdência, embora tenham atribuições, na opinião da Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais (Condsef), completamente diferenciadas. Na avaliação do secretário-geral da entidade, Josemilton Maurício da Costa, o Governo Federal deveria abrir o diálogo e criar uma carreira específica, uma antiga aspiração deste grupo de servidores.