Os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram paralisar as atividades por três dias. A greve por tempo determinado, decidida na manhã de ontem, afasta os docentes das salas de aula até amanhã. Nova reunião na manhã de sexta-feira deve definir os rumos da mobilização pelo pagamento integral da URP aos funcionários da UnB. ?Vamos fazer um ato com os três segmentos da universidade amanhã para debater ações conjuntas. A greve deve ser avaliada passo a passo?, comentou o presidente da Associação dos Docentes (Adunb), Flávio Botelho. A assembleia, que lotou o Anfiteatro 9 do Instituto Central de Ciências (ICC), foi marcada por dois momentos de decisão. No primeiro, a grande maioria dos presentes fez a opção pela greve. No segundo momento, houve embate de ideias sobre a duração da paralisação, mas prevaleceu a proposta apresentada pela Adunb. Com 135 votos a favor, 85 contra e quatro abstenções, os professores decidiram parar até amanhã. Problema ainda sem solução Os 316 docentes e 186 servidores da UnB que não receberam a URP em novembro devem ser compensados no salário de dezembro. O secretário de Recursos Humanos da UnB, Afonso de Souza, afirmou que o valor da gratificação será depositado duas vezes na folha referente ao último mês do ano para o grupo afetado. O problema na folha dos 502 funcionários ocorreu por um erro no lançamento dos códigos que identificam os servidores. Para assegurar a reposição da URP aos funcionários contratados a partir de outubro de 2008, a UnB precisa incluir a demanda do grupo na rubrica das decisões judiciais a serem entregues ao Ministério do Planejamento. Em alguns contracheques, a URP representa um acréscimo de até 30% nos salários. Há três meses, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a suspensão do pagamento, mais a UnB conseguiu uma liminar no Supremo Tribunal Federal para garantir a continuidade do pagamento até que o questionamento do TCU fosse resolvido.Ponto do Servidor - Maria Eugênia Jornal de Brasília - 25/11/2009