Ponto do Servidor - Freddy CharlsonJornal de Brasília - 16/09/2010
Com manifestação hoje, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), os servidores da UnB levam, fisicamente, a greve que já dura mais de seis meses além dos limites da universidade. A mobilização dos funcionários começa a partir das 9h, na Praça Chico Mendes, de onde parte para o STF. A paralisação dos técnicos-adiministrativos da instituição é motivada pela suspensão do pagamento da URP, que equivale a 26,05% do salário dos servidores. O comando de greve argumenta que a subtração de mais de ¼ dos salários provocou prejuízos de até R$ 2 mil aos técnico-administrativos. "Enquanto isso, a categoria tem que realizar verdadeiros malabarismos para tentar reorganizar o orçamento familiar", conta um sindicalista. Desde o dia 12 de maio, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, tem em mãos o mandado de segurança com pedido de liminar que garante os 26,05% aos técnico-administrativos. Apesar de sucessivos contatos com a assessoria da ministra, o Sintfub ainda não conseguiu agilizar o andamento do processo.
MEDIDAS EXTREMAS
A suspensão da parcela, garantida como direito há mais de 20 anos pelo Superior Tribunal de Justiça, levou à medidas extremas, como a prática de greve de fome. É o caso do técnico-administrativo Marcelo Parise, que está sem ingerir qualquer tipo de alimento desde o dia 9 de setembro, em protesto pelo pagamento integral dos salários da categoria.