Ponto do Servidor - Freddy CharlsonJornal de Brasília - 26/08/2010
Enquanto uma parte dos servidores técnicos da UnB considera que o movimento grevista já se esgotou, outra parcela defende a continuidade da paralisação como única forma de impedir o corte de 26,05% dos salários, referentes à suspensão do pagamento da URP desde o mês de julho. O Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) vai pesquisar a opinião dos servidores sobre os rumos da greve, que já dura cinco meses. Em assembleia na próxima terça-feira a categoria conhecerá o resultado do levantamento e decidirá o destino da paralisação. A única esperança de voltar a receber a URP nos contracheques dos cerca de 2,5 mil servidores técnicos da UnB é uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) favorável à categoria. O pedido, protocolado em maio deste ano, aguarda apreciação da ministra Carmem Lucia, que está provisoriamente no TSE para analisar os processo do Ficha Limpa.
ESVAZIAMENTO
A realização da pesquisa foi aprovada na terça-feira passada em assembleia , mas ainda não foi definido o formato da consulta. Alguns setores até então envolvidos na paralisação já retomaram suas atividades nas últimas semanas, como é o caso dos campi de Ceilândia e Planaltina. Até o comando de greve sofre um processo de esvaziamento, com a saída de integrantes devido ao impasse no movimento grevista. "Chegamos a uma situação ridícula e temos que estudar uma saída", criticou o diretor do sindicato Luís Carlos de Sousa. "Só a luta pode impedir que tenhamos um quarto dos nossos salários cortados", rebateu o servidor Fred Mourão.