O Ministério do Planejamento ainda não definiu o reajuste do auxílio-alimentação de servidores públicos federais. A decisão foi adiada para fevereiro, porque o governo demorou a sancionar o Orçamento de 2010. Se depender do relator do Orçamento, deputado Geraldo Magela (PT-DF), o reajuste será de 103%. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) considera o percentual baixo e diz que não atende às expectativas de igualar os valores dos tíquetes pagos a funcionários do Executivo, Legislativo e Judiciário. Magela diz que o Congresso Nacional reservou R$ 950 milhões para atender aos sindicatos e espera que o reajuste comece a valer a partir de fevereiro, com retroatividade a janeiro. O parlamentar reconhece que, mesmo que os valores dos tíquetes aumentem, continuarão aquém do esperado pelos servidores. "Esse montante foi o que consegui separar no Orçamento exclusivamente para isso. Não me parece que seja intenção do governo aumentar mais do que 103%. Se for, melhor", afirmou.
Questão ainda está em negociação e governo estuda valores do Orçamento
As especulações sobre o reajuste datam do ano passado, mas a confederação reclama não ter sido convocada para negociar os valores e termos do aumento. Dependendo do Estado, o servidor recebe R$ 126, R$ 133,19, R$ 143,99 ou R$ 161,99 por mês. Com o reajuste, o vale pode chegar a R$ 330. "Conseguimos esse reajuste, mas não é o suficiente. Comparado com o Legislativo e Executivo, que ganham cerca de R$ 660 por mês, o valor é baixo", diz Vicente Oliveira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro (Sintrasef). A Condsef continuará a reivindicar o pagamento retroativo a janeiro e fevereiro, caso o reajuste não ocorra. O aumento está em negociação e o governo ainda estuda os valores do Orçamento.