04/06/2013 - 07h36DECISÃOAdvogada pode ser punida por uso indevido de processo criminal para perseguir Luis Roberto BarrosoA ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, rejeitou, liminarmente, queixa-crime ajuizada por uma advogada contra o Procurador do Estado do Rio de Janeiro, Luis Roberto Barroso, indicado pela Presidente Dilma Roussef à vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Magistrados, membros do Ministério Público e integrantes da Polícia do Rio de Janeiro também foram alvo da mesma ação. Acusações infundadas e sem justa causa apontam para uma possível perseguição pessoal.
No caso, além de Barroso, uma procuradora regional da república no estado do Rio de Janeiro, um desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF 2), duas juízas de direito da 29ª Vara da Comarca do Rio de Janeiro, uma delegada de polícia do estado do Rio de Janeiro e um inspetor de polícia do mesmo estado foram acusados pela advogada de calúnia, difamação, injúria, formação de quadrilha, prevaricação e advocacia administrativa.
Na queixa-crime, a autora afirma ainda ser vítima de um complô para que suas acusações contra o procurador não prosperem e se refere aos membros do Ministério Público como ?Neonazistas do MP?. Pede a aplicação da Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha) contra o procurador, de quem diz sofrer perseguição, além de prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, no valor de R$ 100 milhões.
Perseguição pessoal
Ao receber os autos, a ministra Eliana Calmon, relatora, notificou os acusados para obter mais informações sobre a queixa-crime. Nos esclarecimentos recebidos, foi constatado que essa não é a primeira ação da advogada movida contra o procurador. Todas sem fundamentação, sem provas e sempre com pedidos de indenização exorbitantes.
Inconformada com os indeferimentos nas instâncias inferiores, a advogada chegou a protocolar reclamação disciplinar perante o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tendo o Corregedor-Geral de Justiça do Rio de Janeiro determinado o arquivamento do feito e constatado a possibilidade da autora sofrer de alguma patologia de ordem psíquica.
Exercício irregular
Para a ministra, ficou evidente o uso indevido do processo criminal para outras finalidades e que a tentativa de criminalizar magistrados, membros do Ministério Público e integrantes da Polícia foi por seus atos contrariarem os interesses da autora.
Além da queixa-crime ter sido rejeitada liminarmente, a Ministra Eliana Calmon solicitou a remessa dos autos ao Ministério Público Federal e ao Conselho Seccional da OAB/RJ para que sejam tomadas providências no sentido de apurar a prática de eventual infração penal e administrativa pela advogada.
Coordenadoria de Editoria e Imprensa
Esta página foi acessada: 2438 vezes
STJ - Advogada pode ser punida por uso indevido de processo criminal para perseguir Luis Roberto Barroso - STJ
Technorati Marcas: : STJ, Superior Tribunal de Justiça, Notícias, http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=109871,
BlogBlogs Marcas: : STJ, Superior Tribunal de Justiça, Notícias, http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=109871,
loading...
- Stj - Terceira Seção Julgará Reclamação Sobre Imunidade De Advogado E Crime De Calúnia - Stj
10/02/2014 - 09h59 DECISÃO Terceira Seção julgará reclamação sobre imunidade de advogado e crime de calúnia O ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), admitiu o processamento de reclamação,...
- Stj - Ministra Eliana Calmon Pede Aposentadoria - Stj
25/11/2013 - 18h23 INSTITUCIONAL Ministra Eliana Calmon pede aposentadoria A ministra Eliana Calmon pediu nesta segunda-feira (25) sua aposentadoria do cargo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ela deverá se afastar a partir...
- Stj - Ministra Eliana Calmon Realiza Primeiro Interrogatório Criminal Por Videoconferência Do Stj - Stj
10/10/2013 - 09h56 INOVAÇÃO Ministra Eliana Calmon realiza primeiro interrogatório criminal por videoconferência do STJ A ministra Eliana Calmon inaugura nesta quinta-feira (10) o uso de videoconferência para interrogatório...
- Stj - Primeira Seção Mantém Demissão De Procurador Do Inss - Stj
28/08/2013 - 09h06 DECISÃO Primeira Seção mantém demissão de procurador do INSS A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou mandado de segurança a ex-procurador federal lotado na Procuradoria do INSS,...
- Stj - Luís Roberto Barroso Toma Posse No Stf - Stj
26/06/2013 - 14h58 JUDICIÁRIO Luís Roberto Barroso toma posse no STF O advogado e jurista Luís Roberto Barroso tomou posse nesta quarta-feira (26) como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga deixada por Carlos...
Direitos e Deveres
.