Por reajustes, servidores federais prometem fazer paralisações neste mês
Direitos e Deveres

Por reajustes, servidores federais prometem fazer paralisações neste mês




Folha de São Paulo     -     07/05/2012






SÃO PAULO - Os servidores públicos federais planejam uma paralisação de advertência ao governo Dilma Rousseff nesta quarta-feira em todo o Brasil. Eles reclamam da política de congelamento que Brasília vem adotando e apontam para um "retrocesso igual ao ocorrido no governo de Fernando Henrique Cardoso" (de 1995 até 2002).


As manifestações devem ocorrer simultaneamente em todo o país com o mote "Dia Nacional de Advertência". Esta é a primeira vez que as entidades sindicais do funcionalismo federal se mobilizam unificadamente. Caso não haja negociação com o governo, a categoria pode votar por uma greve.


Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, os dirigentes sindicais do Banco Central, da Polícia Federal, da Receita Federal, da Defensoria Pública, da Advocacia Pública e da Gestão Pública entendem que o cenário adverso "exige um movimento sincronizado e centralizado para evitar o que aconteceu no governo de Fernando Henrique Cardoso--quando ficaram 8 anos sem reajuste salarial".


JUDICIÁRIO
Servidores do judiciário federal também programam manifestações e paralisações neste mês para pressionar o governo pela recomposição salarial.


Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo (Sintrajud-SP), a categoria pede aumento de 50% porque não teria tido reposição de perdas desde junho de 2006. A entidade calcula uma perda de 40% no rendimento dos cerca de 120 mil servidores públicos no país.


A categoria promove nesta semana mobilizações nos cartórios eleitorais das capitais e promete, caso o governo não dialogue com as entidades de servidores, uma greve geral no dia 5 de julho -- prazo final de registro das candidaturas para as eleições deste ano. Com o mote "sem negociação não haverá eleição", os servidores apostam no congelamento das atividades no período de maior procura dos servidores.


REDUÇÃO DE GASTOS
O governo reduziu as despesas com o funcionalismo federal em 2011 e promete fazer o mesmo neste ano para garantir os resultados esperados no superavit primário (economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública) e cumprir a meta fiscal.


Nos últimos anos, o governo brasileiro tem mantido uma política de superavit altos quando comparados aos resultados obtidos pela maioria dos outros países. Em 2011, o superavit brasileiro foi de 2,26% do PIB (Produto Interno Bruto), acima dos 2,09% de 2010. Para 2012, a meta é economizar R$ 96,97 bilhões.


Em 2011, o superavit primário foi de R$ 93,51 bilhões, ultrapassando a meta para o ano, que era de R$ 91,8 bilhões. Em 2010, somou R$ 78,77 bilhões.


Até novembro de 2011, o governo diminuiu os gastos com folha salarial do equivalente a 4,31% do PIB (Produto Interno Bruto) para 4,25%.







loading...

- Gasto Extra Com Folha De Servidores Deverá Ser Mais Que O Dobro Do Previsto
Cristiane Bonfanti Correio Braziliense     -      05/02/2012 O governo Dilma Rousseff subestimou a previsão de gastos com o funcionalismo público para este ano para manter a promessa de deixar as torneiras...

- No 2º Ano, Aperto Maior E Corte De Até R$ 60 Bi
Vera Rosa O Estado de S.Paulo     -     03/01/2012 Por ordem da presidente, Fazenda planeja bloqueio rigoroso de gastos, mesmo sendo ano eleitoral, para atingir meta de superávit e reduzir juros Brasília...

- ''governo Não Pretende Ampliar Aperto Fiscal''
Autor(es): Iuri DantasO Estado de S. Paulo - 12/08/2011 Ministra diz que corte de R$ 50 bilhões será feito, mas afirmou que PAC e Minha Casa, Minha Vida vão ser mantidos ENTREVISTA Miriam Belchior, ministra do Planejamento O governo federal...

- Gasto Com Servidores Sobe 11,2% No Ano
Autor(es):  Vera BatistaCorreio Braziliense     -     30/06/2011 Apesar da promessa de conter os dispêndios com pessoal, Tesouro mantém os cofres abertos. Desembolsos com a folha crescem 10 vezes mais...

- Contas Do Governo Entram No Vermelho
CONTAS DO GOVERNO ENTRAM NO VERMELHO CRISE COBRA A CONTA Autor(es): Edna Simão Correio Braziliense - 01/04/2009 Expansão dos gastos e queda na arrecadação fazem economia do governo para pagar juros da dívida pública baixar de R$ 20,5 bilhões para...



Direitos e Deveres








.