AGU estuda saída para o problema
Direitos e Deveres

AGU estuda saída para o problema


Valor Econômico - 14/08/2009


Apenas o Ministério da Justiça já se comprometeu, por meio de acordo com a União dos Advogados Públicos Federais do Brasil (Unafe), a solucionar o problema das contratações de advogados não concursados para cargos da Advocacia-Geral da União (AGU). No entanto, está sendo costurado um acordo entre a AGU, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público Federal (MPF) com a finalidade de regularizar a situação em todos os ministérios. Até o fim do mês, as instituições devem estabelecer um cronograma para o afastamento dos advogados contratados de forma terceirizada, temporários ou comissionados.
De acordo com o procurador-geral substituto da União, Jair José Perin, os ministérios que sofreram as ações devem fazer um acordo para que esses profissionais não sejam utilizados no âmbito das consultorias jurídicas dos ministérios. Segundo Perin, eles não atuarão em áreas pertinentes às carreiras jurídicas da AGU. Alguns ministérios já se manifestam a favor desse tipo de acordo.
No Ministério das Comunicações, segundo o consultor jurídico Marcelo Bechara, não há nenhum advogado ou escritório de advocacia contratado de forma terceirizada. Segundo ele, o concurso questionado na ação civil pública ajuizada pela Unafe teve por objetivo a contratação de bacharéis em direito - que não necessariamente têm inscrição na Ordem dos Advogado do Brasil (OAB) - para exercer temporariamente atividades administrativas. "O cargo não se confunde com as funções exercidas pelos advogados da União, como elaboração de pareceres jurídicos e análise de leis", afirma Bechara. Como a liminar foi obtida somente após a realização do concurso, segundo Bechara, foram contratados 14 bacharéis.
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) compartilha da mesma opinião. Em nota, o órgão esclarece que no edital do referido concurso de cargos temporários existe a previsão de que essas pessoas, com formação em direito, exercerão suas funções nas secretarias, mediante a prática de atos administrativos em geral e assessoramento ordinário, do dia-a-dia, e que o desempenho de atividades na consultoria jurídica somente pode ser exercido por membros da AGU. "Não há problemas em se contratar para cargo temporário pessoas com formação jurídica para auxiliar nos trabalhos próprios das secretarias", informa o MDS. Já o Ministério do Meio Ambiente informa que, por ordem expressa do ministro, não existe nenhum advogado que não pertença aos quadros da AGU e que, portanto, a ação seria improcedente. Procurados pelo Valor, os ministérios da Saúde, Fazenda, Justiça e da Defesa não se manifestaram. (LC)



loading...

- Advogados Sem Vínculo Com A Agu Continuam Atuando
Consultor Jurídico     -     13/02/2013 Apesar do prazo para que todos os advogados sem vínculo com a Advocacia-Geral da União serem exonerados ter expirado no último dia 31 de dezembro, diversos ministérios...

- Risco De Apagão Jurídico
Juliana Colares Correio Braziliense     -     13/02/2013 A atuação de advogados sem vínculo com a Advocacia-Geral da União (AGU) nas consultorias jurídicas da Esplanada dos Ministérios pode levar as pastas...

- Contratações Na Agu Visam Substituir Não Concursados
Consultor Jurídico     -     07/07/2012 As 560 novas vagas de advogados da União, criadas por lei no último mês, se destinam principalmente às assessorias jurídicas dos ministérios. A garantia, dada...

- Governo TerÁ De Demitir Advogados Sem Concurso
EDSON LUIZ Correio Braziliense     -     17/03/2012 Juiz dá 30 dias para o governo demitir profissionais não concursados que dão consultoria jurídica em ministérios. Juiz federal estabelece prazo de...

- Mpf Questiona Consultoria Jurídica Feita No Executivo
Consultor Jurídico     -    13/09/2011 O Ministério Público Federal no Distrito Federal acionou a Justiça para pedir que o assessoramento jurídico nos órgãos do Poder Executivo, especialmente nos ministérios...



Direitos e Deveres








.