O Globo - 07/09/2011
BRASÍLIA - Enquanto o Judiciário briga com o Executivo para obter reajustes para magistrados e servidores, a Câmara, sem fazer alarde, quer aumentar os salários de seus funcionários concursados e também dos que ocupam cargos de confiança nos gabinetes e em comissões. A direção da Câmara protocolou projeto, no último dia 30, com um novo plano de carreira para servidores - promessa de campanha do presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS) - que, se aprovado, terá impacto de R$207 milhões anuais.
O projeto aumenta os salários dos 11.125 secretários parlamentares, que são os funcionários de gabinete, e também os que atuam nos escritórios nos estados. Se aprovado, o salário final de um secretário pode chegar a R$12 mil. Hoje, atinge R$8 mil.
Outro ponto do projeto é a definição de um novo fator para se calcular a Gratificação de Atividade Legislativa, que beneficiará todos os servidores da Casa. Eles terão direito a uma gratificação que eleva em 1,15 vezes o salário. Por essa nova regra, um servidor no topo da carreira receberá R$21 mil.
O texto ainda reajusta o salário dos 1.339 funcionários não concursados, que ocupam os Cargos de Natureza Especial. Esse pessoal trabalha em comissões e lideranças. São vários níveis. O maior vai saltar de R$12 mil para R$15 mil. O menor, de R$2,6 mil para R$2,9 mil.