Proposta Pedagógica
Direitos e Deveres

Proposta Pedagógica



Qualquer proposta pedagógica parte de uma visão filosófica, implícita ou explícita. Quero, aqui, explicitar a minha. Entendo que, segundo o sempre citado Paulo Freire, ensinar não é transferir conteúdo, mas criar as condições para que o aluno construa seu conhecimento. Isso pode parecer, para alguns, palavras vazias. Longe disso! Essa idéia norteia a forma como se trabalha em sala de aula.

Explico: em geral, leciono conteúdos em dois âmbitos: cursos de graduação e cursinhos preparatórios para concurso e exame de ordem. Gosto dos dois universos, mas tenho um apreço maior pela graduação. Por quê? Porque é lá que o "edifício do saber" está sendo construído - o professor, aqui, é um importante engenheiro. Nos cursinhos, não se constrói nada. Nada mesmo. No máximo, você faz uma "faxina" - o professor, aqui, é um mero faxineiro. (Um dos sintomas do estado decrépito em que se encontra a educação brasileira é o fato notório de que um professor-faxineiro ganha mais do que um professor-engenheiro... Aliás, pior que isso!!! Muitos alunos acham que você é um bom professor quando você trabalha como faxineiro, enquanto que seu trabalho de engenheiro é visto como enrolação... Só neste País, mesmo...)Assim, a idéia acima, de Paulo Freire, é pertinente para escolas em geral e para o ensino superior em geral (graduação, mestrado, doutorado).

Então, se nos cursinhos, a técnica é despejar conteúdo e "quem pegar, pegou", na graduação, a idéia precisa ser outra. O que eu acho correto, para uma sala de aula de graduação, é trabalhar com dois objetivos: (1) apresentar ao aluno certo conjunto de conceitos elementares da disciplina; (2) apresentar ao aluno uma determinada técnica de trabalho, composta por diversos fatores, tais como (a) o modo de pensar e analisar problemas, distintas do senso comum, e (b) modo de construir e apresentar sua argumentação, ou seja, sua resposta aos problemas. Na prática, isso significa que, nas minhas salas de aula de graduação, é muito comum dedicarmos mais tempo para a correta e profunda compreensão de um conceito básico, do que simplesmente lançarmos o conceito e passarmos para uma "leitura dos artigos" que regulam a matéria.

Aqui, então, entra em cena outro ator - o aluno. Retomando Paulo Freire: ensinar é criar condições para que que o aluno aprenda. Vê-se, então, que o aprendizado se faz por meio de dois personagens que devem trabalhar em equipe: o professor, que cria as condições, e o aluno, que põe a mãos à obra!!! Não há professor no mundo que ensine algo que o aluno não queira aprender - bem entendido, claro, que "querer" aprender significa "efetivamente trabalhar" para isso. Então, em síntese, a proposta pedagógica que adoto pode ser resumida da seguinte forma: eu faço a minha parte e o aluno faz a dele. Não espere que eu faça tudo, porque, mesmo que eu quisesse fazê-loisso não te acrescentaria em nada.

Ocorre, porém, que, para o aluno "fazer a parte dele", é necessária uma ajuda prévia. Exatamente por sua condição de aluno (alumno: sem luz, etimologicamente), muitas vezes lhe falta condições de enxergar o que é preciso fazer. Ou seja, muitos bons alunos deixam de "fazer" sua parte porque não sabem qual ela é!!! É claro que, no mundo ideal, o aluno saberia ao menos "descobrir" por conta própria qual é a sua parte, mas ocorre que, durante anos de escola, ninguém nos "ensinou a aprender", o que dificulta bastante o trabalho do aluno.

Assim, dentro dessa proposta, o que me proponho a fazer (o que considero ser a minha parte) é o seguinte: (1) mostrar para o aluno qual é a parte dele, por meio de leituras e exercícios selecionados; (2) trabalhar em sala de aula com os objetivos apresentados acima (conceitos básicos e modo de analisar problemas); (3) cobrar do aluno que apresente qualidade em sua compreensão das perguntas e formulação das respostas.

A ferramenta de apoio que venho desenvolvendo (ainda em amadurecimento) para executar essa proposta é o site Direito Aprendido, que venho construindo ao longo do tempo e convido-os a acessar.



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