Um dos 4 mil servidores lesados pela quadrilha desarticulada esta semana pela Polícia Civil do Rio procurou O DIA para contar a burocracia que enfrentou ao resolver o seu caso.
Servidor do Ministério da Saúde, teve descontado por uma associação R$ 601 do seu salário. Ao descobrir os descontos indevidos, procurou a ouvidoria e o setor de Recursos Humanos do Ministério da Saúde, que não resolveram o problema dele.
A Saúde informou que vai apurar o caso e dará resposta hoje.
Consultado por O DIA sobre que procedimento deveria ter sido tomado, o Ministério doPlanejamento explicou que os Recursos Humanos das respectivas áreas são obrigados a informar a denúncia dos servidores à auditoria da Secretaria de RH do Planejamento. Se a irregularidade for comprovada, o dinheiro é retido e o repasse, suspenso.
A recomendação é que o aviso ao RH seja feito até o dia 20, quando fecha a folha, para evitar o desconto no mês subsequente. Caso o alerta ocorra depois, o desconto acontecerá, mas o valor não será repassado à consignatária. REGISTRO EM CARTÓRIO Outro cuidado que os servidores devem ter, orienta o Planejamento, é nunca enviar documentos registrados em cartório para a consignatária, caso haja o pedido, sob risco de falsificação ESTORNO DE R$ 200 MIL O Planejamento devolverá cerca de R$ 200 mil a 14 mil servidores em todo o País, vítimas de golpe.
O valor é pago com o dinheiro retido da consignatária. Cerca de 150 processos estão sendo auditados. DINHEIRO DE VOLTA Os servidores da Saúde lesados pelas associações indiciadas não receberão os valores descontados.
O ministério alega que após passar os dados para a polícia a consignatária cancelou o débito. ÍNDICE PEQUENO Segundo o Planejamento, 90% dos processos auditados são julgados improcedentes. O índice de fraude não chega a 1% do total de 3 milhões de operações de consignados realizadas por mês.
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