Valor Econômico - 09/02/2010 |
Reunidos na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomercio) em São Paulo, representantes das principais associações da indústria e comércio do país criticaram a falta de controle nos gastos com pessoal pela União e se mostraram favoráveis a programas de redistribuição de renda como o Bolsa Família. O grupo, intitulado "Brasil Eficiente", cujos principais articuladores são empresários do Sul do país, pretende formular um documento, com sugestões que serão apresentadas aos presidenciáveis. Questionado sobre que medidas do atual governo avalia como eficazes, o economista Paulo Rabello de Castro, que presidiu a reunião, fez considerações elogiosas ao Bolsa Família: "O programa é eficiente, detecta um público-alvo e a correção de distorções é simples. Gasta-se muito menos com o Bolsa Família do que com o inchaço da máquina". Para Raul Velloso, da ARD Consultores Associados, "o funcionário contratado hoje pela União é o maior felizardo do país. Fica na conta do governo por 60 anos, ganha mais do que no setor privado e não é mandado embora". O grupo não se posicionará politicamente nas eleições de 2010: "O que queremos é oferecer nossa visão de como melhorar o país, seja quem for o próximo presidente". Na reunião de ontem, ficou definido que uma equipe coordenada por Raul Velloso fará um diagnóstico, que será oferecido aos candidatos em aproximadamente dois meses. Na pauta, a reformulação da Previdência Social e aglutinação dos tributos fiscais. Entre os participantes estava o ex-senador e presidente de honra do DEM, Jorge Bornhausen. |