Neste momento, os deputados e senadores avaliam o adendo com alterações ao projeto original. Os integrantes decidiram deixar a decisão para os reajustes para várias categorias de funcionários públicos e aposentados e pensionistas para o Plenário do Congresso, que deve se reunir ainda nesta quinta-feira (22).
Obstrução
Uma frente liderada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) promete obstruir a votação por reivindicar reajustes para algumas categorias de servidores públicos. Os aposentados também buscam atualização de 11,6% nos salários. Os aumentos são defendidos principalmente pelo PDT, que tem 27 deputados e cinco senadores no Congresso.
Durante a tarde, Paim e Paulinho saíram de uma reunião com o presidente do Senado, José Sarney, dizendo que os reajustes precisam ser incluídos no Orçamento, ou pelo menos ser sinalizados pela presidente Dilma Rousseff, ainda que a negociação só ocorra no ano que vem.
- Não vou fazer nenhum acordo que não tenha o aval da presidente Dilma, porque depois não se cumprirá. Já falamos com a metade do governo, com tudo o quanto é ministro e ninguém resolve nada - desabafou Paulinho.
De acordo com ele, se o governo achar por bem colocar os aumentos no Orçamento, o PDT estará disposto a ceder e deixar votar ainda na noite de hoje. Caso isso não aconteça, o projeto pode ficar aguardando o início do próximo ano legislativo, a ser aberto em fevereiro.
- Se não houver acordo, vamos obstruir para derrubar a sessão - avisou Paulinho.
Manifestação
Fora da CMO, cerca de 50 manifestantes gritam palavras de ordem para o relator-geral do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). A maioria é formada por servidores que buscam o Plano de Cargos e Salários do Judiciário, mas há também funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público (MPU).